As características do Shitoryu Baseiam-se, primordialmente, nos ensinamentos de dois antigos mestres, Anko Itosu e Kanryo Higaonna. Sendo assim, de Itosu, herdamos o estilo “duro-linear” assim como de Kanryo Higaonna, herdamos o estilo “suave-circular”. Além desses a escola também possui kata de Seisho Aragaki e Wú Xiáng Guì (Gogenki). Bem como os kata criados pelo proprio Kenwa Mabuni, fundador do estilo.
As posições são naturais, nem muito baixas, nem muito altas, existindo pouca diferença entre o treinamento e a aplicação real. Em suma, nos ataques utilizamos bases mais altas e nas defesas mais baixas. As principais bases são: Moto-dachi, Zenkutsu-dachi, Kokutsu-dachi, Shiko-dachi, Neko-ashi-dachi, Sanchin-dachi. Usamos as diversas posições em todas as direções, sempre coordenando técnica, corpo e quadril.

A forma de fechar o punho (Seiken) é o mesmo utilizado pelas outras escolas de Karatedo, porém o Hikite é feito na “metade do corpo”, mais ou menos na altura das costelas flutuantes.
Normalmente as defesas são trabalhadas em um ângulo de 45°, utilizando técnicas tanto com as mãos abertas como fechadas, sempre percorrendo a menor trajetória possível. No Shitō-ryū as técnicas de defesas estão agrupadas em cinco conceitos fundamentais, que são: Rakka, Ryū-sui, Kusshin, Ten’i e Hangeki.
As técnicas do Shitoryu
Além de um amplo e variado trabalho de kihon, o Shitoryu trabalha de forma contínua o Tenshin happo (8 direções para deslocamento), visando compreensão de deslocamento e controle de centro de gravidade.
Estudamos as aplicações de kata e kumite sempre buscando o controle do adversário durante todo o processo, com o desenvolvimento baseado na harmonia e na continuidade do movimento. Também é uma característica complementar ao estilo a prática do Kobudo, que utiliza armas.
Pensando em desenvolvimento motor, a grande variedade técnica da Shitoryu faz dela o estilo mais completo de karate. Porém no fundo, como todo estilo de Karatedo, o objetivo da Shito é a busca pelo auto-aperfeiçoamento através do cultivo do corpo, o desenvolvimento das técnicas e a vivência dos valores morais e éticos presentes no Budō.